Lousã aposta na formação de 40 assistentes operacionais enquanto vigilantes de Transporte Coletivo de Crianças
Durante 4 dias, de 8 a 11 de julho, duas técnicas da APSI estiveram na Lousã, a pedido da autarquia, nossa associada, a ministrar o Curso de Formação para Vigilantes para Transporte Coletivo de Crianças a 40 assistentes operacionais.
O primeiro grupo de 20 formandas realizou a formação de 14h, nos dias 8 e 9 e o segundo grupo nos dias 10 e 11.
Estas formações têm 48% de componente teórica e 52% de componente prática.
Principais temáticas abordadas:
Módulo I - Prevenção Rodoviária
– Segurança da Criança em Ambiente Rodoviário
– Sistemas de Retenção para Crianças
– Tomadas e Largadas de Crianças
– Atuação em caso de acidente
Módulo II – Legislação que regulamenta o Transporte Coletivo de Crianças
O objetivo deste curso de formação é que os/as formandos/as adquiram conhecimentos na área de segurança rodoviária infantil e do transporte coletivo de crianças, bem como ferramentas que permitam pôr em prática medidas de proteção das crianças/jovens no interior e no exterior do veículo.
No final da formação foi aplicado um questionário individual de avaliação de satisfação relativamente aos seguintes pontos:
1. Organização da ação
2. Conteúdos
3. Formadoras
4. Avaliação global.
Escala de 0 (muito mau) a 5 (Muito bom)
Média global dos 2 grupos:
1. Organização da ação: 4,43
2. Conteúdos: 4,65
3. Formadoras: 4,80
4. Avaliação global: 4,70
As formandas consideraram a maioria dos temas abordados como interessantes e pertinentes, destacando especialmente a legislação aplicável ao transporte coletivo de crianças, a instalação correta dos sistemas de retenção, nomeadamente em autocarros, e a tomada e largada das crianças nos locais. A segurança das crianças e jovens foi valorizada como um tema central em toda a formação.
Pontos fortes identificados:
As formandas destacaram que todos os pontos abordados na formação são importantes para a prestação de um serviço de qualidade. A clareza e a explicação detalhada foram valorizadas, assim como o trabalho de grupo realizado sobre as causas dos acidentes no TCC. A componente prática, especialmente a aprendizagem da colocação correta das cadeiras no autocarro, tomadas e largadas das crianças e exemplos práticos aplicados ao dia a dia, foi frequentemente mencionada como um dos pontos mais fortes da ação.
A maioria das formandas não conhecia a APSI antes da ação de formação, manifestando interesse e considerando positivo o tomar contacto com a entidade. Este contacto inicial permitiu-lhes familiarizar-se com a APSI e valorizar a sua intervenção na área da segurança infantil.
Balanço:
Estes dois grupos foram constituídos por formandas que demonstraram muito interesse no tema, durante os 4 dias houve muita participação, partilha de desafios e relatos de situações do dia-a-dia, nomeadamente sobre práticas adotadas, tendo sido revelada preocupação no desempenhar das suas funções com profissionalismo e segurança para as crianças.
Avaliação de impacto:
A avaliação dos dois grupos formandos evidencia que a formação teve um impacto claramente positivo, tanto ao nível do conhecimento como da confiança na aplicação prática dos conteúdos.
Antes da formação, as participantes apresentavam níveis moderados de conhecimento sobre as causas dos acidentes rodoviários com crianças e as medidas de prevenção de lesões (média de 3,0), bem como alguma insegurança na avaliação de riscos e na implementação de intervenções (média de 2,8).
Após a formação, registaram-se melhorias significativas em todas as áreas, com os conhecimentos a atingirem uma média superior a 4 e a confiança nas competências práticas já a rondar o mesmo valor (3,9).
Estes resultados demonstram que as participantes reconhecem um claro reforço das suas competências, sentindo-se mais preparadas para atuar na prevenção de lesões em crianças no contexto rodoviário.
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