Assinalam-se, este ano, 23 edições de Campanhas de Prevenção de Afogamentos de Crianças e Jovens em Portugal. São 23 anos de luta contra aquela que continua a ser a 2ª causa de morte acidental nestas faixas etárias, no nosso país.
Desde 2022 que a APSI conta com duas parcerias de extrema importância no combate a este acidente:
• A Guarda Nacional Republicana que, desde 16 de junho, se encontra no terreno, empenhada na sensibilização próxima e direta das populações no que diz respeito às medidas de prevenção deste acidente.
• A Havas Lisboa que nos empresta os seus recursos e a sua criatividade e nos permite ter na rua os materiais de qualidade, com impacto e eficiência, que compõem esta Campanha.
A melhoria do panorama que a APSI vinha a verificar, através do estudo e análise da evolução anual deste tipo de acidente no nosso país, desde o lançamento da sua primeira Campanha em 2003, inverteu-se de forma preocupante a partir de 2020.
A média anual de mortes de crianças e jovens, por afogamento, nos últimos 4 anos de que há dados oficiais (2020-2023) é de 14, quando na maioria dos anos da década anterior estava abaixo de 9 e, se considerarmos os últimos três anos desta (2017-2019), rondava os 7.
Mais de meia centena de vidas perdidas nos últimos quatro anos.
Mais de três centenas de afogamentos fatais de crianças e jovens (entre 2002 e 2023).
São números que pesam.
Pesam em sofrimento para as famílias e comunidades que veem partir, de forma trágica, os seus bens mais preciosos.
Pesam nas vítimas que sobrevivem e ficam com sequelas neurológicas graves, muitas delas irreversíveis.
Pesam num país envelhecido que desbarata vidas que, demograficamente, são os seus maiores ativos.
E esperamos que pesem na consciência de quem tem o poder de agir para alterar as circunstâncias que, ano após ano, continuam a exigir que esta Campanha de sensibilização — custe o que custar — saia à rua.
E isso só acontece graças a todos quantos reconhecem a importância desta iniciativa, nomeadamente aos Órgãos de Comunicação Social e outros parceiros que na cedência gratuita dos seus espaços contribuem para dar voz aos alertas e às medidas preventivas que, garantidamente, salvam vidas.
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